Para mim, o mês de novembro tem já há alguns anos muita relevância. Principalmente após 1995, quando para marcar os 300 anos da morte de Zumbi dos Palmares, no dia 20 de novembro, cerca de 30 mil pessoas se reuniram em Brasília, em marcha para denunciar a ausência de políticas públicas para a população negra. Um novo marco para todos nós que já tínhamos um ativismo na questão negra. Foi a partir daí que a consciência negra começou a ganhar um novo nível, avançando para as massas, até gerar políticas públicas, se tornar feriado e ativar toda movimentação que se dá no mês.
Apesar disso, esse não é o assunto desta coluna, ao menos não o principal. Quero aproveitar para comemorar e compartilhar com os leitores e leitoras, outros fatos desse novembro, no que diz respeito a mim e minhas várias outras identidades.
Enquanto Servidor Público, completo 16 anos de efetivo serviço no cargo de Analista Judiciário no Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM). Uma trajetória que me oportunizou conhecer praticamente todos os municípios do estado, cumprir muitas missões e tarefas das quais me orgulho e reputo úteis à instituição e sociedade amazonense.
Foi em um novembro, 5 anos atrás, que estreei a coluna aqui na Amazônia Real. Escrevendo sobre vários temas, temos atingido público com um alcance que não vislumbrávamos. Obrigado pessoal da AR, e também à caríssima orientadora emérita Patricia Melo, a indicadora.
Novembro também evoca o período que passei “fora do mundo”, durante a pandemia em 2020, sobreviver àquele novembro me trouxe uma “nova vida” em muitos aspectos. Agradeço à tod@s que se preocuparam e atuaram das mais variadas formas para eu estar hoje aqui contando história.
Nesse novembro também completo dois anos em uma nova trajetória: a de produtor de conteúdo digital em vídeo, ou seja, “youtuber” e “influencer” como alguns preferem. Hoje mantenho três canais na primeira rede e três na rede vizinha, que parece mais promissora e já considero como a minha principal.
Enquanto investidor e educador financeiro, esse novembro também tem sabor especial. O mercado deu sinais claros de que acabou o inverno cripto e começou o “Bull Run”, a “corrida de touros” rumo ao halving do Bitcoin. Vocês não têm ideia, o acumulado de subida (e obviamente lucro para quem já tinha) está em quase 40% nos últimos 30 dias…, prestem atenção nisso aí, estudem. Isso tem um impacto e potencial de mudanças sociais muito grande.
Enfim, para não fechar o texto, sem uma esperada mensagem sobre o “assunto padrão” que esperam da gente nesse mês da consciência negra.
Primeiro, que lembrem, que enquanto pessoas, não somos somente negros e negras; tampouco limitados à essa identidade e assunto.
Depois, vou lembrar uma das minhas colunas por aqui mesmo, “Lugar de fala, esse desconhecido”.
Consciência Negra, não é “Consciência para Negros”. É consciência sobre os problemas e as questões que afetam a população negra. Apesar de sermos os principais interessados, não somos os únicos; toda sociedade na verdade é. Então cabe à tod@s, independente de cor/origem, se envolverem e sem medo de falar a partir do seu “lugar de fala”, conceito equivocadamente usado de forma cerceadora e limitadora por neoativistas, quando na verdade não é assim.
#consciencianegraeparatodos
A imagem que abre este artigo mostra grupo de capoeiristas na Marcha dos 300 anos de Zumbi dos Palmares, em Brasília no dia 20 de novembro de 1995 (Foto: Carlos Moura/ Geledés Instituto da Mulher Negra/ Rede de Historiadores Negros).
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