Conhecida pelo público pela irreverência e humor ácido, a personagem Maroca Pipoca, interpretada pelo ator e dramaturgo Wallace Abreu, vai embarcar em 2025 em uma aventura por 10 municípios do médio e baixo Amazonas.
O espetáculo da Cia de Atores Escalafobéticos, “Maroca Pipoca – A Estourada do Norte” será apresentado em praças e logradouros públicos, além de escolas e centros comunitários dos municípios selecionados para o projeto.
O circuito está previsto para iniciar em março do próximo ano. Entre as cidades que receberão o show estão Parintins, Barreirinha, Maués, Itapiranga e Itacoatiara, no Amazonas, e Santarém, Alenquer, Óbidos, Oriximiná e Juruti, no Pará. Realizado pela Cacique Produções, o projeto foi contemplado pelo Programa Rouanet Norte 2024-2025, do Ministério da Cultura, do Governo Federal, e conta com patrocínio do Banco da Amazônia (BASA).
Fundada por Wallace Abreu, a Cia de Atores Escalafobéticos é um dos principais coletivos teatrais do Amazonas e este mês completou 18 anos de fundação. Por muitos anos o grupo foi conhecido por suas produções cômicas, mas hoje se dedica principalmente ao teatro de rua e para as infâncias.
“Temos como um dos nossos objetivos enquanto coletivo artístico o trabalho de interiorização. O custo amazônico é nosso principal gargalo nesse processo, principalmente pelas questões geográficas e de logística da região, mas também pela falta de recursos e incentivo ao setor. Por isso, o lançamento de ações como o Programa Rouanet Norte permite que, enquanto agentes culturais amazônidas, possamos alcançar aquelas parcelas da população que tem pouco ou nenhum acesso à cultura, assim, podendo corrigir ou diminuir essas diferenças sociais”, destaca Wallace.
Maroca Pipoca é um dos principais espetáculos do portfólio da Cia de Atores Escalafobéticos, tendo estreado em 2015, em uma turnê por quase todas as capitais da região Norte, com exceção de Palmas, no Tocantins. Para o circuito por municípios do médio e baixo Amazonas, o espetáculo está passando por atualizações e reformulações técnicas e estéticas, que vão da dramaturgia à trilha sonora, passando ainda pelos cenários e figurinos.
“É importante entendermos que muita coisa mudou da estreia do espetáculo até hoje no contexto político, social e econômico brasileiro. Com isso, é necessário que acompanhemos essa evolução, trazendo reflexos disso em nosso trabalho. O teatro não é uma arte finalizada, e pode acompanhar sempre novos fluxos, processos, pensamentos”, acrescenta.
A diretora de produção do projeto, Rafael Guimarães, explica que a programação está em elaboração. “Estamos na fase de elaboração do itinerário e de contato com produtores locais dos municípios para entender a melhor forma de realização das atividades nessas localidades. As cidades são distantes uma das outras.
O acesso, em quase 100% delas deve ser feito de maneira fluvial, então dependemos principalmente da subida dos rios para conseguir executar a programação da forma e no tempo como está planejada”, detalha a diretora.
Formação – Além das apresentações do espetáculo, faz parte da programação do circuito a oferta de workshops e rodas de conversa, com temáticas pertinentes ao teatro de rua, comédia e a trajetória da companhia.
As ações serão destinadas principalmente a jovens em situação de vulnerabilidade, estudantes e artistas das localidades por onde o projeto vai passar. “Essa é uma ação muito importante dentro do projeto, pois possibilita uma troca mais efetiva com o público.
É uma forma de deixar um estímulo mais concreto, que vá além da relação artista/espectador. Com as ações formativas podemos dar luz a jovens, com estímulos necessários ao consumo e a produção cultural. Serão cinco rodas de conversa e cinco workshops, realizados de forma intercalada entre as cidades por onde passaremos”, reforça o diretor Wallace Abreu.
O circuito também prevê a realização de atividades de conscientização ambiental em três das dez cidades por onde o espetáculo vai passar, com plantio de mudas de árvores nativas e frutíferas em áreas de reflorestamento. A ação acontece em parceria com associações de pais e mestres e/ou moradores, visando despertar em crianças e jovens participantes uma melhor consciência sobre o meio ambiente.
Sobre o Programa Rouanet Norte
O Programa Rouanet Norte foi criado para nacionalizar o investimento na cultura do país e fazer com que os produtores culturais do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins sejam os promotores da arte consumida pela população destes estados, com financiamento específico.
Realizado pelo MinC, por meio da Secretaria de Economia Criativa e Fomento Cultural (Sefic), em parceria com a Secretaria da Comunicação Social da Presidência da República (Secom/ PR) e quatro empresas estatais, Banco da Amazônia (BASA), Banco do Brasil (BB), Caixa Econômica Federal (CAIXA) e Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (Correios); o Rouanet Norte foi estruturado para que os agentes culturais dos sete estados da Região Norte tivessem as mesmas oportunidades de autorização para captação de recursos via Lei Rouanet.
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