Manaus – A pandemia da Covid-19 e o colapso na saúde fez o Amazonas liderar a taxa de mortes do País, com crescimento de 32% entre 2019 e 2020 quando 22.224 pessoas foram a óbito, 5.390 a mais, em relação ao ano anterior. Do total de mortes, mais de 850 pessoas morreram nas ruas. Os dados são das estatísticas do Registro Civil divulgadas nesta quinta-feira (18), pelo Instituto Brasileira Geografia Estatística (IBGE).
No Amazonas, em 2020, a maior parte dos óbitos ocorreu nos meses de abril (15,81%) e maio (14,42%), meses em que ocorreu a primeira onda de Covid-19 no Estado. Os menores percentuais, por mês, foram registrados em fevereiro (6,20%) e março (6,21%), períodos pré-pandemia.
O percentual de mortes naturais, classificação que inclui os óbitos decorrentes de doenças, como a Covid-19, no Amazonas aumentou 93,51% em 2020 e superou a média nacional de 90,84%. Segundo o instituto, apenas 5,7% das mortes tiveram natureza não natural (homicídios, suicídios, acidentes de trânsito, afogamentos, quedas acidentais etc.). Em 2019, o percentual de mortes não naturais foi maior, 8,95%.
A crise na saúde do Amazonas contribuiu para que a região Norte fosse a que mais sofreu com índice de aumento de mortes no período, ao atingir alta de 25,9% de aumento, seguida da Região Centro-Oeste, com 20,4%. O Pará também apresentou alta de o Pará 28 % na taxa de mortes.
De acordo com o IBGE, 69,5% dos óbitos ocorreram em hospital, equivalente a 15,4 mil. Outros 22,2%, em domicílios, ou 4,9 mil pessoas. Os dados apontam ainda que mais de 850 pessoas morreram nas ruas, equivalente a 3,9% do total. Em outros 3,22% não houve declaração ou houve outro local de ocorrência declarado, percentuais próximos aos observados no ano anterior, diz o instituto.
Para o IBGE, os maiores aumentos de mortes estão concentrados entre as pessoas com 60 anos ou mais de idade (35,9% óbitos a mais, na faixa etária entre 60 a 64 anos de idade, e 36,1% a mais, na faixa etária de 65-69 anos). Já as faixas etárias a partir de 35-39 anos registraram 15,1% mais óbitos.
A crise da pandemia também afetou fortemente Manaus, assim como todas as capitais. As maiores taxas de aumento de mortes foram em Porto Velho (51,0%), Cuiabá (41,1%), Belém (37,7%), Fortaleza (36,8%) e Manaus (36,0%).
O IBGE ressalta que nem todos os mortos em Manaus moravam na capital. “É possível que o aumento dos óbitos nas capitais reflita não só que a população da capital sofreu maiores impactos com a pandemia, mas também que tenha havido maior deslocamento das pessoas para a capital em busca de tratamento nos centros de maior complexidade e ali tenham vindo a falecer, com inconsistência no registro do local de residência da pessoa”, diz o instituto.
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