São Paulo – Às vésperas da primeira prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), 28 coordenadores pediram demissão do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), órgão responsável pela realização do exame, nesta segunda-feira (8). Segundo a Associação dos Servidores do Inep (Assinep), mais demissões devem ocorrer ao longo desta segunda.
Os servidores enviaram uma carta de demissão justificando que as decisões sobre o Enem não são tomadas utilizando critérios técnicos. No texto, eles destacam que “não se trata de uma posição ideológica ou de cunho sindical”, mas alegam “fragilidade técnica e administrativa da atual gestão máxima do Inep”.
Segundo texto publicado pelo jornal O Estado de S. Paulo, “o atual presidente Danilo Dupas — o quarto em três anos — é acusado pelos funcionários de desmonte do órgão mais importante do Ministério da Educação (MEC), assédio e desconsideração de aspectos técnicos na tomada de decisões.”
Na sexta-feira passada, dois coordenadores, de áreas estratégicas para a realização do exame — montagem da prova e logística — também deixaram o Inep. Na quinta-feira (4), a Assinep realizou uma Assembleia e manifestações denunciando Dupas por assédio moral. Na manifestação, os servidores alertaram que o instituto corre risco.
Em um documento de cinco páginas, os servidores dizem que “O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), o Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) e os Censos da Educação Básica e da Educação Superior estão em risco, em razão das decisões estratégicas que estão sendo adotadas no âmbito da Presidência do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).”
No manifesto, os funcionários também destacam que “para além de problemas estruturais que foram negligenciados ao longo da atual gestão do Inep, os servidores denunciam o assédio moral, o desmonte nas diretorias, a sobrecarga de trabalho e de funções e a desconsideração dos aspectos técnicos para a tomada de decisão.”
Há denúncia de “níveis excessivos de ingerência, que impossibilitam o devido cumprimento das tarefas, resultaram em diversos pedidos de exoneração de cargos e funções comissionadas, assim como em ociosidade de cargos por desinteresse de servidores em compor a alta gestão, rejeitando inclusive cargos comissionados de nível intermediário.”
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