Estudo mostra que existe uma alteração hormonal importante nas primeiras 12 a 24h após o consumo de álcool
São Paulo – No dia 09 de dezembro é celebrado o “dia do alcóolico recuperado” e também aproveitando a chegada das festas de fim de ano, onde o consumo é desenfreado quando comparado com outras épocas do ano, o consumo de bebidas alcoólicas tem aumentado incrivelmente no mundo, com crescimento de 20% nos últimos 10 anos.
(Foto: Divulgação)
O professor Guilherme Renke , médico endocrinologista titular da sociedade brasileira de endocrinologia e metabologia (SBEM), ressaltou que mais de 70% dos homens e 60% das mulheres brasileiras, entre 12 e 65 anos, já consumiram alguma bebida alcoólica. Estima-se que pelo menos 10% dos homens brasileiros fazem uso regular de álcool (3 a 4 vezes por semana) e muitos atletas amadores e profissionais também não escapam dessa estatística.
“Muitos estudos tentam avaliar os impactos do consumo de álcool na performance esportiva. No entanto, poucos avaliaram a interferência do álcool na recuperação muscular após o treino aeróbico ou de musculação, mas acredita-se que o consumo diminua a recuperação muscular devido a alteração dos níveis de cortisol, hormônio do crescimento (GH) e da testosterona”, ressalta o profissional.
O estudo norueguês de Anders e Lars Haugvad publicado recentemente pelo American College of Sports Medicine mostrou exatamente isso. Apesar de não obter resultados com relação a alteração aguda da recuperação muscular em atletas, o estudo mostrou que existe uma alteração hormonal importante nas primeiras 12 a 24h após o consumo de álcool.
“O álcool possui a capacidade de aumentar os níveis de cortisol e diminuir os níveis de testosterona livre. Isso acontece devido a interferência do álcool no eixo eixo hipotalâmico -> hipofisário -> gonadal, ou seja, o álcool é capaz de interferir na cascata de secreção hormonal do nosso organismo. As conseqüências dessas alterações hormonais são: o aumento do hormônio cortisol que estimula a degradação de proteínas musculares. Ocorre a diminuição dos níveis de testosterona o que altera o crescimento muscular e faz um “down-regulation” no anabolismo muscular. De fato, nas duas situações o consumo de álcool parece levar ao menor ganho de massa muscular e a diminuição da recuperação muscular a longo prazo”, diz Guilherme.
Além dos efeitos sobre os músculos o álcool também gera enormes prejuízos para a nossa saúde como: lesão das células hepáticas (em casos graves: cirrose hepática), acúmulo de gordura no fígado (esteatose hepática), insônia e alterações na qualidade do sono, alterações cardiovasculares agudas como as arritmias, alterações cardiovasculares crônicas (aterosclerose) e pancreatite alcoólica.
“Por isso, o consumo regular de álcool por praticantes de exercícios físicos, ou não, deve ser totalmente desencorajado. O importante é ter uma alimentação equilibrada rica em nutrientes e balanceada” finaliza o médico.
Fonte: Governo do Estado do Amazonas em 29/11/2021
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