São Paulo – A morte de Marília Mendonça, nesta sexta-feira (5), após a queda do avião em que estava, é a mais recente numa longa sucessão de mortes trágicas de artistas sertanejos brasileiros. Parece uma sina.
Marília estava no auge do sucesso, numa fase ótima de sua carreira, com shows próprios e ainda com a turnê As Patroas, ao lado de Maiara e Maraísa.
Às vezes, dá a impressão de que algo persegue esse tipo de artista por aqui, e isso quase sempre acontece quando a pessoa está vivendo um período de grande sucesso. É assim que Marília nos deixa: com 26 anos e com um mundo inteiro pela frente.
Logo agora em que estava retomando as apresentações ao vivo após a parada obrigatória devido à pandemia.
Mas foi também o que aconteceu com outros sertanejos. O caso anterior ao dela foi o de Gabriel Diniz, que morreu aos 28 anos, em 2019, também num acidente de avião. Ele estava estourado em todo o Brasil com a música Jennifer, mas também tinha outros hits, como Teus Olhos, Paraquedas, entre outros.
Aqui é até possível traçar um paralelo com a morte de outras estrelas pop que também perderam a vida num acidente de avião. É o caso dos americanos Buddy Holly e Ritchie Valens. Ambos eram estrelas do rock’n’roll, que estava surgindo com força total nos anos 1950.
Eles embarcaram juntos num voo que acabou caindo na madrugada do dia 3 de fevereiro de 1959, matando os dois artistas e o piloto. Esse evento ficou conhecido como “O Dia em Que a Música Morreu”. Tanto Holly como Valens estavam também no auge do sucesso.
E, óbvio, não há como não citar a morte trágica dos Mamonas Assassinas. O grupo de rock engraçadinho brasileiro também estava estourado nas paradas de todo o Brasil e a banda toda morreu quando o avião em que eles estavam se chocou contra a Serra da Cantareira, em São Paulo.
Voltando ao mundo sertanejo. Cristiano Araújo foi mais um sertanejo que estava em grande ascensão profissional quando, aos 29 anos, morreu num acidente de carro.
O caso de Cristiano é incrivelmente curioso, uma vez que ele não era conhecido ainda nas capitais do Sudeste, mas já era muitíssimo famoso no restante do país. Após o acidente, o Brasil todo, infelizmente, ficou sabendo quem ele era.
Mas o triste destino dos sertanejos não para apenas nesses nomes. O cantor João Paulo, que formava dupla com Daniel, morreu num acidente de carro no dia 12 de setembro de 1997, aos 37 anos. João Paulo e Daniel faziam parte do primeiro time de duplas sertanejas do Brasil que dominavam as rádios nos anos 90, como Chitãozinho e Xororó, Zezé Di Camargo e Luciano e Leandro e Leonardo.
Aliás, essa última dupla também passou por um momento de perda. Em meio ao grande sucesso que atravessava, aconteceu a morte de Leandro. Ele foi vítima de um câncer raro, aos 38 anos.
Como se vê, não é fácil acompanhar a trajetória dos ídolos sertanejos. Ninguém nunca se prepara para receber esse tipo de notícia sobre seus ídolos.
Não é algo que se aprende por aí, mesmo após tantas mortes em sequência. Não há quem fique de prontidão esperando a morte de um artista, assim como não se faz isso com um parente próximo.
Mas é um fato que artistas sertanejos parecem sofrer mesmo uma dura sina de mortes inesperadas, e quase sempre muito cedo.
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