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Famílias atípicas de Manaus se reunirão na sexta-feira (28/03) para uma manifestação pedindo justiça por Carlos Maxsuel, adolescente de 14 anos com Transtorno do Espectro Autista (TEA) agredido na última semana. A ação está programada para acontecer em frente ao Fórum Henoch Reis, bairro São Francisco, zona Sul da capital, às 8h30.

A divulgação do ato foi feita pela deputada estadual Joana Darc (União Brasil) durante a sessão plenária na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) nesta quarta-feira (26/03).

“Não é só o caso do Carlos que fica assim, são muitos casos e aí estamos prestes a ter o dia mundial do autismo e não paro de receber denúncia de escola que comete preconceito e outros absurdos. Por isso trouxe esse caso novamente para expor esse criminoso e chamar atenção para o caso”, disse a parlamentar.

Nas redes sociais, a mãe da vítima também convoca famílias, imprensa e sociedade civil para marcar presença no ato.

“Famílias atípicas lutam não é de hoje para que haja justiça em diversos casos de agressões contra nossas crianças, adolescentes e até adultos atípicos. Junte-se a nós”, cita a publicação.

Além disso, em outra postagem, a mulher, identificada apenas como Caroline, ressalta que não irá se calar sobre a agressão e cobra uma resposta rápida e efetiva das autoridades policiais.

“É revoltante e exige uma resposta rápida e firme das autoridades. Ele foi brutalmente espancado por um homem adulto, gerando revolta e indignação em todos nós. É inadmissível que casos de violência contra menores continuem acontecendo diante dos nossos olhos. Como sociedade, temos a obrigação de proteger nossas crianças e adolescentes, garantindo que cresçam em um ambiente seguro, digno e livre de abusos”, afirma.

Relembre o caso
Carlos foi agredido com socos, pauladas e ainda foi enforcado pelo ex-militar Aldon Pinto de Oliveira, de 49 anos, no bairro Colônia Terra Nova, zona Norte da capital, no dia 19 deste mês.

A ação foi registrada por câmeras de segurança e viralizou nas redes sociais, repercutindo entre internautas e nas Casas Legislativas, sendo tema de discursos de deputados estaduais e vereadores.

Relato da vítima
Em depoimento dado um dia após as agressões, o adolescente contou que por volta das 11h da manhã do dia 19, saiu da escola e um amigo veio conversar com ele, então, com sede os dois andaram em direção a uma loja de materiais de construção para beber água, quando se aproximaram dois garotos que o autista não conhecia.

“Um deles disse ‘bora ali chutar o portão’, eu disse: ‘Vou nada’, então me distraí e ouvi um barulho, vi os três correndo, então também corri, mas o homem me pegou, só depois soube que era o dono da casa. Ele me pegou pelo pescoço, tentou me levar para dentro da casa dele, me enforcou, deu soco no meu rosto, uma paulada na minha cintura e perguntou se os meninos da boca tinham mandado eu chutar o portão”, contou a vítima à polícia.

As agressões contra o menor só pararam quando vizinhos disseram que o adolescente era autista. Após o ato, Aldon chegou a justificar o ato por “instinto militar”. Ele segue em liberdade.

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