MANAUS (AM) – A “saidinha de banco”, crime em que bandidos realizam assaltos e furtos logo depois que as vítima sacam quantias de dinheiro em agências bancárias ou caixas eletrônicos, tem se tornado menos frequente. No entanto, essa constatação não é necessariamente uma boa notícia. A explicação está no fato do Pix, caracterizado pela rapidez das transações bancárias, ter se tornado o alvo preferido dos criminosos.
A ação dos bandidos funciona da seguinte forma: os ladrões, geralmente armados, rendem as vítimas e as obrigam a fazer transferências via Pix pelo celular. Muitas ficam reféns dos bandidos por horas ou até mesmo dias. Por isso, o Banco Central anunciou mudanças no sistema de transferência instantânea.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM), não há estatísticas específicas para contabilizar quantos crimes como esse aconteceram em Manaus neste ano. Contudo, ocorrências que seguem esse modus operandi foram observadas em todo o país, e levou o Banco Central a anunciar mudanças no sistema de transação bancária, a fim de inibir a ação de bandidos.
Uma das principais alterações está no limite máximo de R$ 1.000 para transferências por Pix, Doc e Ted, além de cartões de débito, das 20h às 6h da manhã. Além disso, os usuários poderão cadastrar previamente contas para receber valores além do limite, com prazo mínimo de 24 horas, impedindo o cadastramento imediato em situação de risco.
Os bancos poderão reter uma transação via Pix por 30 minutos durante o dia e 60 minutos à noite para análise de risco, e o usuário deverá ser informado. As instituições financeiras também precisam se preparar para a entrada dessas medidas e aprimorar o seu sistema de inteligência para identificar essas anormalidades e detectar quando algo estranho está acontecendo, para ajudar na proteção do seu consumidor.
Segundo o delegado Heron Ferreira, uma das principais dicas para não perder grandes quantias em eventuais assaltos, é estabelecer um limite para a transação.
Os golpistas acabam utilizando o Pix por causa da notoriedade do meio de pagamento, entretanto esse golpe já é antigo, e ocorria por meio de transferências mais tradicionais, como TED, e em outros meios de pagamentos, como cartões de crédito e débito. Por isso é importante controlar seu limite no sistema de pagamento instantâneo, reduzindo ou aumentando o valor disponível para realizar todas as transações, não só o Pix” “
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O delegado explica que para quem comete sequestro para roubar valores de contas bancárias a pena, em média, é de 18 a 22 anos, pois acumula os crimes de roubo e extorsão mediante sequestro. Em alguns casos, também há associação criminosa pela quantidade de integrantes e por envolvimento em outros crimes.
No mês passado, por exemplo, quatro pessoas foram presas após sequestrarem um casal, na capital paulista, e manterem as vítimas em cárcere privado para fazer transações via Pix. Na ocasião, o prejuízo às vítimas contabilizado pela polícia chegou a R$20 mil.
Outros golpes com o PIX
Um outro golpe bastante comum via Pix ocorre com o uso do QR Code falso, quando o criminoso manda para vítima um código de barras eletrônico para a realização de pagamentos ou colaboração, se passando por um amigo ou conhecido. Porém, o código com o valor gerado acaba sendo direcionado ao golpista.
Há ainda um passando por um parente seu: o criminoso usa dados pessoais como fotos, números de telefone de um indivíduo próximo da vítima, quando tenta convencê-la de que faz parte de seu convívio, e pede a transferência de grandes quantidades de dinheiro.
“O golpista se envolve com a vítima e no final da conversa ele sente a segurança de realizar o pedido da transferência bancária. Muitas dessas transferências podem chegar ao valor de R$ 5 a 10 mil, já tivemos um caso onde a vítima realizou um depósito de R$ 36 mil”.
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