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Casos de HIV/Aids reduzem 20,6% no Amazonas, em 2023

Os casos de vírus da imunodeficiência humana (HIV)/Aids tiveram uma redução de 20,6%, de janeiro a novembro deste ano se comparado ao mesmo período de 2022, no Amazonas. A informação consta no Painel Epidemiológico de HIV/Aids da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP).

De acordo com o painel, em 2022 foram registrados 2.253 casos, já em 2023 foram 1.787, apontando uma queda de 20,6% no Estado. Na capital, a redução foi ainda maior, totalizando 31,1%, quando os casos saíram de 2.123 para 1.462, no período de janeiro a novembro.

Óbitos
A taxa de óbitos por Aids também reduziu no Amazonas, se comparado janeiro a novembro de 2023 com o mesmo período de 2022. Neste ano foram registrados 236 óbitos, enquanto ano passado foram 304, uma redução de 22%.

Tanto em 2022 quanto em 2023, a faixa etária mais atingida é entre 20 a 59 anos, e cerca de 60% são do sexo masculino. A proporção de óbitos por Aids é a menor desde 2017, contabilizando 70,3% do sexo masculino e 29,7% do sexo feminino.

Os municípios de Silves (10,8), Maués (9,2), Manaus (8,7), Iranduba (8,2) e Presidente Figueiredo (8,1) lideram o ranking da taxa de mortalidade (100 mil hab), em 2023. No ano passado a tabela dos cinco primeiros lugares eram de Uarini (14,6), Manaus (11,8), Nova Olinda do Norte (10,5), Rio Preto da Eva (8,8) e Itacoatiara (8,8).

Serviço de saúde
O gerente de IST, Aids e Hepatites Virais da Fundação de Medicina Tropical Doutor Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD), Reinan Brotas, explica que os testes rápidos para HIV, sífilis, hepatite B e hepatite C estão disponíveis nas unidades básicas de saúde e nos centros de testagem e aconselhamento da FMT-HVD, na Fundação Alfredo da Matta (Fuam) e na Policlínica Gilberto Mestrinho.

O tratamento pode ser realizado, de acordo com o gerente, nas unidades básicas que manejam o HIV e nos serviços de atendimentos especializados, que são quatro policlínicas de Manaus, FMT-HVD e Fuam.

“Todas as pessoas que são diagnosticadas com vírus, inicia-se a terapia antirretroviral e ela vai fazer o uso de medicamentos para suprimir a carga viral do HIV, chegando a se tornar não detectável. Então, se torna indetectável e, com isso, se torna também intransmissível, ou seja, o vírus não é passado para outra pessoa”, afirmou Reinan.

O gerente destaca que é importante fazer o diagnóstico para a utilização correta do medicamento para suprimir a carga viral e “melhorar a sua imunidade tendo uma qualidade de vida igual à de uma pessoa que não tem o vírus”.

Prevenção
Para Reinan Brotas, o preservativo é o melhor método para evitar a infecção pelo vírus do HIV e outras infecções sexualmente transmissíveis como a hepatite B, hepatite C, sífilis, gonorreia e clamídia. Porém há também outros métodos para se prevenir.

“A Prep, que é a profilaxia pré-exposição, é indicada para as pessoas que não tenham o vírus do HIV, é indicado para pessoas acima de quinze anos de idade e que estejam em exposição de risco ao HIV. Também temos a PEP, que é a profilaxia pós-disposição, são para pessoas que sofreram sofreram violência sexual algum tipo de exposição sexual ou acidente de com material médico hospitalar. Onde elas vão fazer o uso de um medicamento durante 28 dias para diminuir a chance de se infectar com o HIV”, explicou o gerente.

Há, ainda, a vacinação para HPV (sigla em inglês para Papilomavírus Humano), vacinação para hepatite B, tratamento na transmissão vertical de uma gestante HIV para um recém-nascido. “O Ministério da Saúde tem essa mandala de prevenção onde a pessoa vai usar a medida que mais se sente confortável”, afirmou Reinan.

Saiba Mais
O “Dezembro Vermelho” surgiu a partir da lei nº 13.504/2017 para mobilizar nacionalmente a conscientização para a prevenção ao HIV, à Aids e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), já que no dia 1º é celebrado o Dia Mundial de Conscientização e Combate à Aids.

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