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Trabalhadores e movimentos sociais realizam novo ato pelo fim da ‘escala 6x1’

Movimentos sindicais e lideranças políticas realizarão um novo ato público nacional em defesa do fim da escala 6×1 neste domingo (16/02). A concentração iniciará às 8h30, em frente à feira do Fuxico, na avenida Autaz Mirim, no bairro Jorge Teixeira, zona Leste. Esta é a segunda vez que os manifestantes se reúnem pelo fim da escala em Manaus. A primeira foi realizada no dia 15 de novembro de 2024, também na avenida Autaz Mirim.

A manifestação contará com panfletagens, carro de som e discursos públicos. Os organizadores também avaliam a possibilidade de o ato continuar em uma panfletagem no interior do shopping Cidade Leste.

Uma das entidades que marcará presença no ato será o Sindicato dos Servidores Públicos da Justiça do Trabalho e Justiça Federal do Amazonas (Sitra-AM). O presidente Luiz Cláudio Corrêa argumenta que a luta por mais tempo de descanso para os trabalhadores é essencial para a manutenção da qualidade de vida.

“A redução da jornada de trabalho é uma demanda histórica da classe trabalhadora e não tem melhor momento para isso acontecer do que nesses tempos de evolução tecnológica, que deve proporcionar ao trabalhador mais tempo de vida com a família, lazer e acesso a atividades culturais, e não escravização moderna”, afirmou.

O que é a escala 6×1?

A escala 6×1 é uma jornada de trabalho que consiste em seis dias de trabalho seguidos por um dia de descanso. Essa configuração é comum em setores como comércio e serviços, e muitas vezes gera desgaste físico e emocional para os trabalhadores, dificultando o equilíbrio entre vida pessoal e profissional.

Maria Abgail, de 25 anos, trabalha com essa escala. À reportagem, ela revela que os principais efeitos negativos causados na sua vida estão relacionados à qualidade do sono e falta de tempo para resolver questões pessoais.

“Eu só tenho um dia de folga e uso para atividades religiosas. Percebi que eu tenho menos energia por dormir menos, tendo menos qualidade de sono e falta tempo para fazer as coisas. Acabo tendo que ser à noite, aí quando eu vou, já saio cansada porque eu quase nunca estou descansada de verdade”, lamentou.

Congresso

Atualmente, há uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) apresentada pela deputada federal Erika Hilton (Psol) que busca colocar fim a esse modelo de trabalho. O texto alcançou as 171 assinaturas necessárias para começar a tramitar na Câmara dos Deputados. Ele estabelece a duração do trabalho de até 36 horas semanais.

A proposta estabelece 4 dias de trabalho e 3 dias de folga. A parlamentar, no entanto, está disposta a discutir a possibilidade de um meio-termo. Os partidos de centro, por exemplo, defendem uma escala de 5 dias de trabalho e 2 dias de folga.

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