Provedores do Amazonas que atuam no interior do Estado reclamam de monopólio e denunciam a Processamento de Dados Amazonas (Prodam), do Governo do Estado, que estaria comercializando ilegalmente a internet do programa do governo federal Amazônia Conectada, que está em funcionamento na Calha do Rio Negro.
O Amazônia Conectada é um projeto interministerial do governo federal, que visa implantar fibra óptica nos leitos dos rios e trechos terrestres da região amazônica. No Estado, o programa é coordenado pelo Exército em parceria com o Governo do Estado, por meio da Prodam.
Segundo a denúncia apresentada pelos dos provedores, eles estão com dificuldade em comprar o link da fibra com um custo mais baixo. Eles informaram que ao buscar a Prodam para aquisição da banda, foram informados que a única empresa autorizada a vender é a empresa G8, cujo nome da é Multcast Telecom, que é a parceria comercial contratada pela Prodam para efetuar a expansão da capacidade de transmissão de dados da rede de fibra óptica em alguns municípios do interior do Amazonas. A mesma já foi denunciada nos órgãos de controle por cometer irregularidades no município de São Gabriel da Cachoeira, a 850 quilômetros de Manaus, vendendo ilegalmente internet.
“Buscamos a Abrint (Associação Brasileira de Provedores de Internet) para poder termos contato comercial da G8. Prontamente, fomos atendidos, buscamos contratar banda com a G8 que de imediato, negou, e nós falou que só poderíamos contratar banda com a empresa River Net, empresa essa de propriedade do senhor Enoque, que é representante da G8 no Amazonas”, relatou.
Os denunciantes informaram, ainda, que buscaram falar com o senhor Enoque que, de imediato, forneceu a internet por R$ 350, a unidade de mega, e ao mesmo tempo, iniciou revenda ao cliente final. “Sendo assim, a River Net além de minha fornecedora é, ao mesmo tempo, minha concorrente. E hoje estamos passando por esse momento: meu fornecedor me repassando ao valor de 350 reais o mega, e revendendo ao cliente final, 4 megas por R$ 300, 6 megas por R$ 400, 10 megas R$ 500. Como os provedores poderão trabalhar nestas circunstancias”, questionou.
De acordo com os denunciantes, é impossível competir com esses preços praticados pela River Net, que não teria autorização para fazê-lo. Eles chegaram a procurar a empresa G8, mas a mesma não se pronuncia, assim como a Prodam e não se sabe quem está se beneficiando.
“Ou seja, a River Net usa a infraestrutura do Estado para o transporte da banda e nos repassando caro e repassando ao cliente final mais barato! Pedimos que outras colegas que estiverem passando pela mesma situação que denuncie o caso à Abrint e possa nos ajudar e salvar nossos provedores”, destacou um dos denunciantes.
Fonte: Rio Negro em Focus
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