A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) desarticulou uma quadrilha composta por ex-funcionários de uma concessionária em Manaus, suspeita de desviar 34 veículos, resultando em um prejuízo superior a R$ 5,4 milhões.
A operação, batizada de Proditores, foi deflagrada pela Delegacia Especializada em Roubos e Furtos de Veículos (DERFV) na segunda-feira (24).
Entre os presos está Gaio Ribeiro Farias, ex-gerente de avaliação da concessionária, que era responsável pelos repasses dos veículos.
De acordo com as investigações, Farias movimentou mais de R$ 2 milhões em sua conta bancária durante o período em que o esquema operava.
Outro detido foi Murilo Oliveira Maquine, apontado como o líder do grupo criminoso. O delegado Rodrigo Barreto, titular da DERFV, destacou a gravidade do esquema fraudulento e a complexidade da operação.
“Estamos falando de um esquema altamente estruturado, que envolveu falsificações, manipulação de registros internos e um desfalque milionário para a concessionária. A prisão dessas pessoas é apenas o começo, pois outros envolvidos ainda estão sendo investigados”, afirmou o delegado.
Esquema milionário e desvio de veículos novos
A fraude foi descoberta em dezembro de 2024, quando a concessionária percebeu que 34 veículos haviam sido desviados, sendo que 10 já tinham sido vendidos ilegalmente.
Após a denúncia, a Polícia Civil iniciou uma investigação e solicitou à Justiça mandados de busca, apreensão e prisão temporária, que foram cumpridos durante a operação. Até o momento, 16 veículos foram recuperados.
Segundo as investigações, o esquema foi liderado por Ivan, ex-gerente da concessionária, que saiu da empresa para abrir sua própria loja de veículos, a Aguiar Veículos.
A quadrilha usava essa empresa para revender os carros furtados, com a ajuda de ex-funcionários que ainda trabalhavam na concessionária.
A operação do grupo envolvia a falsificação de registros de entrada e saída de veículos, além da alteração de inventários e auditorias mensais para esconder os desvios. Além disso, os criminosos enganavam compradores de carros novos, desviando os veículos antes da entrega e revendendo-os ilegalmente.
Lucro milionário e vida de luxo
As investigações apontam que Gaio Ribeiro Farias, preso na operação, movimentou mais de R$ 2 milhões em sua conta bancária enquanto estava à frente do esquema. O dinheiro teria sido usado para aquisição de bens e ostentação.
“Esse tipo de crime não só prejudica financeiramente as empresas, mas também afeta a confiança do mercado e dos consumidores. Estamos intensificando as investigações para localizar outros envolvidos e garantir que a Justiça seja feita”, disse o delegado Rodrigo Barreto.
Desdobramentos e novas prisões
A Polícia Civil segue investigando outros possíveis participantes do esquema, incluindo funcionários da concessionária e compradores que podem ter adquirido os veículos de forma ilegal. O líder da quadrilha, Murilo Oliveira Maquine, e outros suspeitos seguem sendo procurados.
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