MANAUS (AM) – O caso de apologia ao feminicídio de Eliza Samudio, cometido pelo tatuador Rodrigo Fernandes, durante uma festa de halloween, na casa de festas Porão do Alemão, Zona Oeste de Manaus, continua repercutindo. Nesta terça (2), o filho da modelo ficou revoltado quando soube do caso.
“Já chorei muito. Tanto desrespeito com a vítima. Bruninho ficou arrasado. Parece que a pessoa não tem um pingo de empatia com o próximo. Será que a pessoa não sabe que tem o filho dela, que é menor, envolvido nisso tudo? Fiquei arrasada quando vi isso. Muito triste”, desabafou Sônia Moura, mãe de Eliza que cria o neto.
Ela conta que não é a primeira vez que passa por situações em que a memória da filha é desrespeitada. “Em 2018, jovens de Minas Gerais tinham feito a mesma coisa. Eu já acionei a advogada para tomar as providências. Eu não vou admitir mais fazerem esse tipo de coisa com a minha filha. Justo no dia de hoje. É tão difícil para mim”, concluiu.
Depois de o caso ter repercutido nas redes, a casa de shows se pronunciou, por meio de nota, afirmando que a imagem foi publicada por um estagiário, que não tinha familiaridade com o crime que ocorreu há 11 anos.
“O Porão do Alemão não compactua com apologia a qualquer crime, inclusive feminicídio. A foto foi postada pelo nosso estagiário, que tem 20 anos. O crime foi há cerca de 11 anos e foi alegado desconhecimento, e a moderação imediatamente, ao ver a foto, apagou e advertiu o responsável. Pedimos desculpas pelo ocorrido. O funcionário em questão foi temporariamente afastado. Mais uma vez: O Porão do Alemão não compactua com todo e qualquer tipo de crime. Apologia ao feminicídio é crime “
, comunicou o estabelecimento.
Demissão
Após a repercussão do caso, Rodrigo foi demitido do estúdio de tatuagem “El Cartel Tatuaria”, onde trabalhava. O estabelecimento também foi às redes anunciar que não compactua com o comportamento adotado pelo agora ex-funcionário.
“O estúdio não compactua com qualquer forma de incitação à violência contra a mulher. Deixando bem claro que o colaborador foi demitido, não fazendo mais parte do quadro de funcionários”, escreveu o “El Cartel Tatuaria”. Mais tarde, o estúdio comandado pelo tatuador Giovane Araújo afirmou que o homem demitido era sócio e que a parceria foi desfeita após a publicação da imagem.
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