Foram três dias de oficinas do curso de grafismo indígena e canto, realizado na comunidade de " bacuri", localizada há pelo menos dez quilômetros da sede do município de Santa Isabel do Rio Negro (630 quilômetros de Manaus).
Dentro da maloca no centro de referência cultural " Wirapuru", os índios da tribo " Baré", aprenderam técnicas de grafismo indigena e canto. As aulas foram ministradas pelo ex ator global Fidelis Baniwua e sua esposa, a Índia Rose Baré. O projeto é realizado pela Secretaria de Cultura do Estado do Amazonas.
Durante as oficias, os índios aprenderam a desenhar, a expressar o sentimento de cada um deles, como explica a instrutora Rose Baré. " isso na verdade é um resgate que estamos fazendo, para que isso não fique esquecido pelos povos indígenas, aqui eu ensino os desenhos e cada significados que eles representam, por exemplo, em cada desenho você pode identificar se um índio é casado, se ele é solteiro ou líder da aldeia como também se é uma mulher é guerreira, ou se estão de luto, em fim são vários desenhos e seus significados, é muito lindo esse trabalho". Disse Rose.
Em outra etapa foram repassadas técnicas de cantos e a produção de melodias inspiradas na natureza. Para isso eles usaram instrumentos como; flautas, tambores, chocalhos, produzido à partir de bambus, ouriço de castanhas, entre outras matérias primas extraidas direto da floresta. " aqui é ensinado como resgatar também aquelas músicas que já existem é uma maneira de manter nossa tradição, e também a criar novas melodias para que isso se torne cada vez mais presente nas nossas tradições" disse o instrumentor Fidelis Baniwua.
Para o cacique Arlindo Baré líder da comunidade indígena, as aulas foram muito importantes. " pra nós aqui foi maravilhoso, ter esse apoio coisa que nos nunca tivemos, isso veio pra incentivar nosso povo, isso vou repassar para meus filhos, netos em fim é muito bom isso que aconteceu na minha comunidade fico muito agradecido" Finizou o cacique.
No local ainda foi possível conhecer, o "caxiri" bebida fermentada a partir do abacaxi, usada geralmente os rituais indígenas, o artesanato também ganhou destaque pelas lindas peças como xícaras, jarro, fogão de barro e réplicas de animais feito apartir de argila. Ao final, apresentação de cantos, danças, teatro encerraram o evento.
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