Avalie o post
Visuliazação: 1
Caso Djidja completa um ano e avança para 2ª instância

No dia 28 de maio, o caso Djidja Cardoso completa um ano. A empresária e ex-sinhazinha do Boi Garantido foi encontrada morta em sua casa, no bairro Cidade Nova, aos 32 anos. A causa apontada foi overdose por Ketamina, um potente anestésico veterinário. A substância estaria sendo utilizada em supostos rituais de uma da seita, que envolvia a mãe Cleusimar de Jesus Cardoso, e seu irmão, Ademar Farias Cardoso Neto.

Segundo o advogado Mozarth Bessa, que atua na defesa da família Cardoso, o processo está atualmente em 2ª instância, em fase de recurso no Tribunal de Justiça do Amazonas. A primeira sentença ocorreu em dezembro de 2024 e condenou sete pessoas por tráfico de drogas e associação para o tráfico, incluindo a mãe e o irmão, ambos sentenciados a mais de 10 anos de prisão.

Também foram condenados: Hatus Moraes Silveira, José Máximo Silva de Oliveira, Savio Soares Pereira, Bruno Roberto da Silva Lima e Verônica da Costa Seixas. Os dois últimos recorreram da decisão e a Justiça concedeu o direito de responderem em liberdade.

“Todos os réus condenados apresentaram recursos de apelação contra a decisão final do juiz da Vara de Entorpecentes que proferiu a sentença de condenação por tráfico e associação para o tráfico (artigos 33 e 25 da Lei de Drogas). Entre os condenados, apenas Verônica e Bruno respondem em liberdade, monitorados por tornozeleira eletrônica”, explicou o advogado.

Desmembramento processual

Além da condenação por tráfico, o juiz Celso Souza de Paula determinou o desmembramento do processo para apuração de outros crimes, como os ambientais relacionados às cobras e cães encontrados na casa da vítima.

“Apesar do desmembramento, até hoje não ocorreu nenhuma outra movimentação quanto à redistribuição para outra vara criminal. Os crimes ambientais foram tramitados na Delegacia de Crimes Ambientais e junto à Vara do Meio Ambiente, atinentes às cobras da Djidja e aos cachorros que eram dela, contudo, foi comprovado que não havia maus-tratos”, afirmou Mozarth Bessa. Como o processo está no segundo grau, não há audiências previstas neste momento.

Polêmicas nas redes sociais

Claudiele Santos, de 34 anos, funcionária do salão Belle Femme que foi investigada na época da morte de Djidja, teve sua prisão preventiva convertida em domiciliar e, posteriormente, foi absolvida do processo judicial. Ela tem sido uma figura ativa nas redes sociais na defesa de Cleusimar e da trajetória da família Cardoso.

Claudiele revelou que ela e outros funcionários farão revelações sobre o caso. “Estamos fazendo uma programação especial para homenagear a Djidja, que nos deixou há 1 ano. Estamos trabalhando para manter a memória dela viva. Temos muitas informações para soltar no decorrer desse tempo, que essa história tem outra por trás. Antes, não era o momento certo, mas agora sim. Todos vão saber o outro da história, o lado verdadeiro”, revelou a maquiadora.

Questionado sobre a atuação de Claudiele e Verônica Seixas nas redes sociais, onde o caso Djidja é constantemente citado, Mozarth Bessa afirma que a liberdade de expressão não possui um veto jurídico no Brasil. “Os comentários que são feitos são apenas de cunho de desabafo, e não desmoralizando a justiça. Não afeta em nada”, pontuou o advogado.

Relembre o caso

Djidja Cardoso foi encontrada morta em 28 de maio de 2024, após uma overdose de ketamina. As investigações da Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) revelaram que a família de Djidja, liderada por Cleusimar e Ademar, eram usuários de substâncias entorpecentes e promoviam o uso da droga como ferramenta de ‘elevação espiritual’.

Familiares acusaram os indiciados de negar socorro à vítima e incentivar seu vício em drogas. No entanto, em depoimento, a mãe de Djidja afirmou que a morte da filha foi decorrente de depressão, e não do uso de ketamina.

A Operação Mandrágora, instaurada para investigar as práticas ilícitas com a ketamina. Durante o processo, foram apontadas a prática de 14 crimes, incluindo: tráfico de drogas; associação para o tráfico; falsificação; adulteração ou corrupção de produtos destinados a fins terapêuticos ou medicinais; entre outros.

Visuliazação: 1
PUBLICIDADE