A Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), fechada pelo presidente Donald Trump no começo de fevereiro, previa investir pelo menos US$ 16,2 milhões, cerca de R$ 94 milhões, em projetos de conservação da Amazônia. A informação é do G1.
De acordo com o site, a quantia já foi aprovada pelos EUA. Os valores da USAID na Amazônia podem ser ainda maiores, a depender do que o Congresso americano aprovar no Orçamento para este ano de 2025.
A verba que viria para a Amazônia fazia parte de uma série de medidas que o então presidente Joe Biden anunciou quando esteve no Brasil em visita à floresta Amazônica, em 2024.
A USAID é responsável por 42% de toda a ajuda humanitária no mundo. A decisão de Trump está sendo questionada pela Justiça americana e o destino da agência ainda não está selado.
Projetos afetados
O fechamento da agência atingiu vários projetos em funcionamento, como a parceria que treinava brigadistas brasileiros para combater incêndios florestais.
É o caso do Programa de Manejo Florestal e Prevenção de Incêndios no Brasil, que é executado pelo Serviço Florestal dos Estados Unidos (USFS) desde 2021, em parceria com o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) e outros órgãos do país.
Outra proposta afetada, de R$ 4 milhões, tinha como objetivo apoiar o projeto “Tapajós para a Vida”, que busca melhorar a conservação e o uso sustentável de áreas protegidas na Bacia do Rio Tapajós. O financiamento duraria por três anos, até 2027.
Outro recurso que seria destinado via USAID é o Fundo Amazônia, prometido pelo ex-presidente Joe Biden em duas oportunidades durante o governo Lula, o primeiro no começo de 2023 e o segundo durante visita do presidente americano à Floresta Amazônica.
Ao todo, o orçamento da agência para o ano fiscal de 2025 prevê um repasse de US$ 100 milhões para fundo que busca combater o desmatamento e a redução das emissões de gases poluentes. Mas ainda é preciso aprovação do orçamento pelo Congresso dos Estados Unidos antes dele ser enviado.