O senador Plínio Valério (PSDB) voltou a questionar o contrato firmado entre o Governo do Amazonas e a Organização Social de Saúde (OSS) Agir para gestão do Complexo Hospitalar Sul – formado pelo Hospital 28 Agosto e o Instituto Dona Lindu. A fala foi após a Justiça de Goiás suspender um contrato da Associação de Gestão, Inovação e Resultados em Saúde (Agir) com uma empresa por indício de ilegalidade.
Em vídeo publicado em suas redes sociais, o parlamentar defendeu que “essa enganação e desrespeito” com os pacientes, profissionais e a saúde amazonense precisa acabar referindo a contratação da OSS.
“Lá eles (em Goiás) já descobriram quem eles são, já puniram e suspenderam. Aqui não ao contrário. Olha o que o Governo do Estado está fazendo. Não paga a cooperativa e os médicos desde outubro. Outubro, novembro, dezembro e janeiro. E tem dinheiro disponível veja no gráfico aí para pagar a Agir. Tem uma coisa errada aí e quando tem coisa errada é dever nosso trabalhar contra. Vamos continuar agindo contra a Agir para que a enganação acabe”, declarou no vídeo.
A situação em Goiás levantou questionamentos por parte de parlamentares amazonenses sobre a qualidade da gestão e o cumprimento das exigências contratuais.
Na terça-feira (18), o deputado estadual Wilker Barreto (Mobiliza) usou a tribuna da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) para relembrar que já havia alertado a Casa Legislativa e os órgãos de controle acerca da atuação da Agir na saúde pública do estado. Além disso, o parlamentar comentou sobre a medida tomada pela Justiça de Goiás.
Suspensão
O Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) determinou a suspensão do contrato firmado entre a Organização Social de Saúde (OSS) Agir, responsável pelo Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad), e uma empresa selecionada para a realização de cirurgias de fissuras labiopalatinas.
A Agir foi contratada pela Secretaria de Saúde de Goiás, em 2023, para fazer a gestão do Hecad por mais quatro anos, pelo valor global de R$ 615 milhões. A Agir conduziu, em outubro de 2024, o processo seletivo que declarou a empresa Shirley de Souza Correa Perillo Ltda vencedora para a realização do procedimento cirúrgico no Hecad, que foi suspenso pela 4ª Vara Cível da Comarca de Goiânia na semana passada.