Na manhã desta terça-feira (5), a Polícia Federal deflagrou a operação “Terra Justa”, com o objetivo de combater o desmatamento ilegal e atividades criminosas associadas ao uso de terras e bens da União nos estados do Amazonas e Pará. Foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão em imóveis de investigados, sendo quatro em Manaus (AM) e um em Novo Progresso (PA), expedidos pela 7ª Vara Federal de Manaus. A ação também determinou sete mandados de sequestros de bens e bloqueios patrimoniais, em valores que superam R$ 78 milhões, para possibilitar a recuperação da área ambientalmente degradada. A matéria é do Pulso Amazônico.
As investigações, conduzidas pela Polícia Federal, apontam que o grupo criminoso investigado financiava e promovia o desmatamento ilegal de aproximadamente cinco mil hectares na região amazônica, por meio de queimadas, com o objetivo de criar pastagens para a produção de gado. A perícia criminal confirmou os danos ambientais severos causados pelas queimadas, que foram utilizadas como método para expandir a área de pasto.
Além do desmatamento, o grupo também estaria envolvido em movimentações financeiras suspeitas através de empresas de fachada. A investigação revelou que essas empresas realizavam comércio ilegal de minérios, considerados bens da União, o que indica um esquema amplo de exploração ilegal de recursos naturais.
O ponto de partida da operação foi o monitoramento de dados de focos de queimadas na região. A partir desses dados, os investigadores identificaram três grandes áreas afetadas por incêndios, incluindo uma localizada no município de Apuí, no Amazonas. Essa área específica também apresentava fraudes documentais, sugerindo manipulação na cadeia de propriedade do imóvel, o que dificultava o rastreamento e controle.
Os crimes em investigação incluem incêndio florestal, lavagem de dinheiro, invasão de terras da União e falsidade ideológica, todos com penas severas que podem alcançar até 26 anos de reclusão. A operação Terra Justa reforça o esforço das autoridades para combater crimes ambientais e proteger o patrimônio natural do Brasil, visando à preservação da Amazônia frente às crescentes ameaças de degradação ambiental e exploração ilegal.
A Polícia Federal continua as diligências e, até o momento, não revelou se há prisões envolvidas, mas assegura que a operação será ampliada conforme as investigações avançam.
Fonte: Pulso Amazônico
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