O número de profissionais da Educação no Amazonas que testaram positivo para Covid-19 subiu para 342, segundo dados da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM). O balanço foi divulgado pelo órgão, nesta terça-feira (25), durante uma audiência pública virtual da Assembleia Legislativa do Amazonas (ALEAM) que discutiu o cenário do retorno das aulas presenciais no estado.
O Amazonas foi o primeiro estado do País a reabrir as escolas públicas, no dia 10 de agosto. Após protestos e casos confirmados nas unidades, o Governo do Amazonas anunciou a testagem em massa de 30 mil profissionais da educação, tanto da capital quanto do estado, que começou a ser realizada no dia 18 de agosto.
Na sexta-feira (21), a Secretaria de Estado de Desporto e Educação (Seduc) divulgou que, nos três primeiros dias de testagem, 162 profissionais testaram positivo para a doença. Durante a audiência pública, nesta terça-feira (24), a FVS informou que com mais dois dias de testagem, o número total de infectados subiu para 342.
A diretora-presidente da FVS-AM, Rosemary Pinto, informou que, entre 18 e 24 de agosto, 1.064 testes rápidos em profissionais da saúde foram realizados. Entre eles, 342 testaram positivo para o novo coronavírus e outros 722 testaram negativo. Entre os casos confirmados, 238 já passaram do período de transmissão e 104 ainda estão com o vírus ativo.
No início da audiência pública, a diretora-presidente da Fundação apresentou aos participantes um balanço sobre a situação epidemiológica do novo coronavírus no Amazonas. Segundo ela, o número de óbitos está em queda e há um quadro de estabilidade de casos de Covid-19.
Sobre a preocupação de infecção da Covid-19 no retorno das aulas no Amazonas, Rosemary disse que, pelo monitoramento das atividades no retorno às aulas feita pela FVS-AM, não há comprovação de transmissão ativa dentro das escolas. Ela ainda recomendou que, com o retorno, os protocolos de prevenção como uso de máscaras e manter higiene pessoal sejam cumpridos.
“Como uma medida de precaução, os profissionais que testaram positivo, os que já passaram pelo período de transmissão permanecem mais sete dias longe da escola, dentro de um protocolo. Quem ainda está no período de transmissão, permanece mais 14 dias longe. Todos estão sendo investigados e passam por monitoramento a cada 48 horas”, explicou Rosemary.
Para a audiência, estiveram presentes representantes da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS-AM), Associação Sindical dos Professores de Manaus (Asprom Sindical), Secretaria de Estado de Educação e Desporto (Seduc-AM), Associação dos Servidores Administrativos das Escolas e Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE-AM).
O presidente da Asprom, Lambert Melo, alertou para o risco de contaminação dentro do transporte coletivo utilizado por alunos e professores para se dirigirem às escolas, além da falta de circulação de ar dentro das salas de aula.
Melo ainda, apontou, que a testagem em massa feita pela FVS-AM deveria ter sido realizada antes do retorno às aulas. O presidente da Asprom também defendeu a suspensão imediata das aulas por tempo indeterminado, até que sejam cumpridas as medidas de segurança nas escolas.
“Quando foi determinado o retorno das aulas presenciais, apesar de que os índices oficiais apresentados demonstravam uma suposta queda, estava claro que a pandemia não estava sob controle e as contaminações e mortes continuavam acontecendo. Isso nos colocou uma preocupação e cautela para que se esperasse um momento em que a pandemia estivesse controlada para arriscar a vida dos nossos professores e nossos estudantes”, disse.
Já a representante da Associação dos Servidores Administrativos das Escolas, Cleia Branches, denunciou o número insuficiente de servidores como merendeiras e servidores de apoio, que está dificultando o trabalho na rotina das escolas. Ela defendeu a chamada dos servidores administrativos aprovados em concurso público da Seduc e solicitou a descentralização do ponto de testagem da Covid-19.
A secretária adjunta para a capital da Seduc, Arlete Mendonça, disse que não há foco de contaminação nas unidades e que os protocolos estão sendo cumpridos nas unidades. Ela rebateu as afirmações da Asprom sobre a falta de insumos como álcool em gel e demais produtos sanitizantes.
A procuradora de Justiça, Delisa Vieiralves, reafirmou que o MPE continuará fiscalizando as atividades no retorno às aulas. Ela informou que a testagem em massa disponibilizada para os profissionais de saúde não foi realizada antes por conta de uma demora em processos licitatórios.
Ao fim da audiência pública, a deputada Therezinha Ruiz assumiu o compromisso de elaborar um relatório com todas as sugestões apresentadas pelos participantes da audiência, que será encaminhado ao Governo do Estado, à Seduc e demais órgãos estaduais e à Prefeitura de Manaus, para que as providências sejam tomadas imediatamente.
Fonte: G1 Amazonas
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