CATANDUVA (SP) – Uma mulher de 27 anos foi presa por extorsão de dinheiro de um padre, de 50 anos, pertencente à Diocese de Catanduva (SP), após flagrar conversas íntimas do marido com o religioso.
O caso foi denunciado pelo padre à polícia em setembro deste ano. Segundo a reportagem da Tv Tem, a investigação revela que a mulher começou a exigir dinheiro do padre em junho, quando ele pagou R$ 3 mil pelo silêncio dela, após ameaças.
Após a primeira ameaça, a extorsão continuou e em setembro, ela pediu mais R$20 mil para que as conversas entre o religioso e o esposo não viessem à tona.
O padre afirmou que não tinha o dinheiro para transferir, a mulher disse que não havia problema, que ela mandaria pegar o dinheiro em mãos.
“A princípio ela exigia que a vítima [padre] passasse um Pix de tal valor a ela, mas como a vítima disse que não possuía tal recurso de transferência, ela disse, via WhatsApp, que pegaria o dinheiro direto com a vítima. “Boletim de ocorrência,
Sem condições financeiras para fazer o pagamento, o padre decidiu denunciar o caso de extorsão à polícia, que articulou a prisão em flagrante da suspeita no dia 15 de setembro deste ano.
Prisão em flagrante
Orientado por policiais, o padre disse à mulher que faria o pagamento. Para não se expor, ela contratou um mototaxista para buscar o dinheiro. Ao chegar no local, o rapaz foi surpreendido pelos policiais e informou que havia sido contratado pela mulher para buscar um documento que estaria com o religioso.
Policiais acompanharam o mototaxista que indicou o local de trabalho da mulher. Quando ela pegou o envelope, acreditando ser o dinheiro pago pelo padre, foi presa em flagrante. Em seguida, confessou as ameaças e foi levada para a cadeia de Catanduva.
Um dia após a prisão, ela recebeu liberdade provisória, com medidas cautelares. A mulher não pode manter contato com o padre e deve comparecer mensalmente ao Fórum, para informar suas atividades.
A mulher vai responder pelo crime de extorsão, que prevê pena de quatro a 10 anos de detenção.
Diocese se pronuncia
Para a TV TEM, o advogado da Diocese, Fabrício Pagotto Cordeiro, declarou que a instituição está a disposição para contribuir com a Justiça e que acompanhará o desfecho das investigações.
A nota ainda informa que a Diocese de Catanduva sempre orienta seus padres a atuarem com transparência em seus atos e comunicar as autoridades competentes qualquer ilícito que se envolverem. Sobre o caso, o padre não irá comentar.