Os prefeitos de Novo Aripuanã, Borba, Manicoré e Humaitá, localizados na calha do Rio Madeira foram à Brasília na última quarta-feira (01) e participaram de uma reunião com a bancada federal do Amazonas no Congresso. A pauta foi a regularização da extração de minérios na calha do Rio Madeira.
Os prefeitos afirmam que famílias que utilizavam as balsas como moradia ficaram desabrigadas e pedem que a atividade de garimpo não seja interrompida, como conta o Prefeito de Novo Aripuanã Jocione Souza.
“Para lutar pela causa dos nossos chamados garimpeiros, os extrativistas minerais tanto de novo Aripuanã, Humaitá, Manicoré, Borba, toda aquela gente, homens e mulheres que trabalham nessa atividade, vamos lutar para que volte a liberação da atividade garimpeira e todo mundo possa viver feliz”, diz.
Foram marcadas audiências públicas para o mês de janeiro para discutir o problema. No dia 7, pela manhã, será em Humaitá e à tarde será realizada em Manicoré. No dia 8 de janeiro, a audiência pública será em Novo Aripuanã e Borba.
Em Brasília, os prefeitos pediram que a discussão a nível local seja repercutida também em uma audiência pública no Congresso Nacional.
Embora o Greenpeace tenha informado sobre o fim da operação federal contra o garimpo ilegal no Rio Madeira, a Polícia Federal não confirma. Até a última atualização feita pelo Ministro da Justiça e Segurança Pública Anderson Torres, 131 balsas foram destruídas e três pessoas presas.
Um dos parlamentares que participaram do encontro com os prefeitos é o deputado federal Silas Câmara. Na tribuna, ele repudiou a operação federal contra os garimpeiros e afirmou que houve alarde da imprensa quanto ao garimpo.
“Colocando fogo em suas residências flutuantes e deixando famílias à beira do Rio Madeira, abandonadas, fazendo um verdadeiro terrorismo, o que deveria ser, na verdade, um encontro conciliatório e quem sabe regularizar definitivamente a atividade que um dia já foi regularizada”, contou.
Segundo o parlamentar, o garimpo nos municípios de Humaitá, Manicoré, Novo Aripuanã, Borba, Autazes e Nova Olinda do Norte o garimpo corresponde a 30% da economia local e cerca 70 mil pessoas dependem da atividade extrativista mineral.
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